Durante muitos anos, a mulher lutou para ter seu lugar além das paredes da cozinha. A princípio, a mulher lutou pela liberdade do corpo, depois pela liberdade do conhecimento, que cresceu a partir da segunda onda do feminismo, ocorrida nas décadas de 60 e 70.
Na área da ciência, as mulheres desempenham um importante papel como, por exemplo, o trabalho de Barbara McClintock, nascida em 1902. Ela foi geneticista que, há mais de 50 anos, atuou na área da Biologia Molecular e da Genética.
Barbara recusou as alternativas de trabalho tipicamente apresentadas para as mulheres, que nos ano 20, pretendiam se dedicar à ciência como auxiliares de pesquisas ou professoras em universidades femininas, para buscar oportunidades de conduzir suas próprias pesquisas.
Conhecida como dissidente, visionária e até mística, recebeu bolsas das principais agências de fomento e apoio de importantes cientisras para realizar suas pesquisas sobre genética. Mas ela só conseguiu obter seu primeiro posto de trabalho no Departamento de Genética da Carnegie Institution of Washington em Cold Spring Harbor, em 1944, quando já estava com 42 anos de idade.
Por quase três décadas, grande parte de seu trabalho permaneceu incompreendido por muitos de seus colegas. Nos anos 70, sua obra passou a ser reconhecida, processo que culminou com o Prêmio Nobel, outorgado em 1983 por suas significativas contribuições para a História da Biologia no século XX, especialmente pela identificação do fenômeno da transposição, resultado de mais de 30 anos de estudos sobre a genética do milho.
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